Monólogo: longa fala ou discurso pronunciado por uma única pessoa ou enunciador. Composto pelos radicais gregos monos(um) + logos(palavra, ou idéia). É, ao contrário do diálogo, uma conversa consigo. Ele não se dirige direto a um ouvinte, mas sim a uma pessoa imaginária.

Thursday, June 29, 2006

Uma história de amor





I've seen you try to laugh at all of my bad jokes
and I’ve cooked you seven meals six of them one on which you've choked
but it has taken me a while
to get used to this new feeling
when I woke up with a smile
oh, I nearly started screaming

that I love you
.
.
.
*

Tuesday, June 27, 2006

Te faço num produto
Pra comerciar
Pra eu comprar
Compro-te líquido
Com gosto doce
Alcoólico
De fazer cair
Caio na sua
Propaganda enganosa
Única. Imoral
Tentadora. Indecorosa
Sua aparência
Psicodélica. Lasciva
Rótulo chamativo
Chama-me e me faça
Comprar sua ironia
Gastar meu dinheiro
Voz. Corpo. Em mim
Falso. Sínico
Lindo. Prazerozo.
Engano meu
Meu único
Seu

Friday, June 23, 2006

São nesses segundos
Poucos e raros
Do lado que me viu, não sei
Nunca soube e sigo assim
Do lado que vi, foi
Foi um desses segundos
Um, dois, tr
Passou
Está em mim

E quando vou descobrir?
O tom certo desse verde
O que se passa por trás
Tua cor me faz
E quando vou descobrir?
O que é esse verde
Que sinto tanta falta

E minhas granadas voltam a gritar
Bombas me explodem
Sem que um ruído se faça
No que chamariam de graça
Não é mais que meu peso
Muda-me e me deixa
Larga-me e esquece
Enquanto em mim
Ainda está

Tuesday, June 20, 2006

Sunday, June 18, 2006




Saturday, June 17, 2006

A visita

Estava um dia em casa
Como em qualquer outro
Alguém bateu na porta
Fui atender, era o Futuro
Ansiosa com a visita,
Servi café, depois bolo.

Enfim, perguntei o que de mim seria
Percebi que o Futuro era mudo
Pedi então que me escrevesse
E nem isso o Futuro sabia

Era uma vez 2

Era uma vez Alguém
Alguém nasceu
Alguém cresceu
Alguém teve filhos
Alguém acertou
Alguém errou
Alguém se arrependeu
Alguém envelheceu
Alguém morreu.
O vazio me vaza
Na monotonia dessa tarde
É tarde
Para os que sonham manhãs
O amanhã é só incerteza
Para meus versos na mesa
Não é certo onde acabarão
Na monotonia desa tarde
Incerto é o que não é

Friday, June 16, 2006

Thursday, June 15, 2006


It's like learning a new language
Helps me catch up on my mime
If you don't bring up those lonely parts
This could be a good time
You come here to me.

Sunday, June 11, 2006

Se vivo, é incrustada
Em tua matéria duvidosa
Do mirante que me vê
Toda, indecorosa
Busco o que me resta
Resto da minha busca,
Em estrada sinuosa.
Lembranças vagas.Vaga minha
Que pensou tê-la preenchido
Engano meu, se és abstrato
Engano meu, se és incorpóreo

Saturday, June 10, 2006



oh don't give up
no don't give up
start again butterfly
start again, start again dear......
Em mim água fria
Gota pinga, goteira
Enche-me do teto
Não me deixe vazia

Mergulhada nas suas águas
Enche-me de solidão
Gota pinga silêncio
Gotas vêm, e em mim se vão

De uma delas, amargura
Gota vem e arrepia
Enche-me, me molda
De mim sua escultura

De mim feita de água
Água fria que me é inteira
Cheia, agora vaza
Dos olhos gota, sou goteira
Queria um poema original
Algo jamais escrito
Algo pra impressionar
Pra fazer bonito
Insisto
Não gosto, volto a pensar
Rabisco o papel
E no lixo ele acaba
Tantos clichês
Tantas coisas que já vi
Mas, agora, reparando bem
Meu poema escrevi

Friday, June 09, 2006

O que é. O que é que é
Que que é que me habita?
Que toma minha conta?
Cresce. Ecoa. Grita


Que expande


Vem lá de dentro
Que deixa eufórica
Tudo que tanto tem pra sair
Que que é que me habita?
Necessidade de fazer
De isolar pra fora
Que chega sem avisar
E estoura sem que espere
Que que é que me habita?
Sou quase feita de granadas
Bombas atômicas e nucleares
Quase. Talvez. Dúvida
O que é. O que é que é
Que que é que me habita?
"29 different attributes.
Only 7 that you like
20 ways to see the world
20 ways to start a fight"

Tuesday, June 06, 2006

Soa sempre sua sonoridade

O tal dia

Imagino-me um dia como um dia
Sendo por um dia
E nesse dia, vivo
Por flores, de flores
Que cairiam do céu
E no céu, não haveria nada mais
A não ser eu.

Era uma vez

Sandra era feliz
Até o dia em que seu amor cegou
Depois desse dia
Sandra nunca mais abriu os olhos
E seu amor acompanhou.

Vem da terra, cresce
Vem e desabrocham flores
Vem e me fazem ser
De vocês, meus amores



E é tudo tão simples
Como olhar pela janela

Saturday, June 03, 2006



E depois que a chuva cair
Tente não escorregar
Não se distrair
Em você mesmo

Friday, June 02, 2006

Menina do olhos

Como gostaria de te conhecer!
Tanta vida se passa
Tanta vida que se vê
E da vida é feita.
Interpreta como existe
Abarca mundos em campo visual
Inventa também para não perder a graça
Inventa a vida que gasta
Mas que dela se faz eterna.
Alucinações dessa menina
Alucinação é essa menina




Thursday, June 01, 2006

On me dit que nos vies ne valent pas grand chose,
Elles passent en un instant comme fanent les roses.
On me dit que le temps qui glisse est un salaud
Que de nos chagrins il s'en fait des manteaux
Pourtant quelqu'un m'a dit...


Que tu m'aimais encore,
C'est quelqu'un qui m'a dit que tu m'aimais encore.
Serais ce possible alors ?

O sambista

Pulsa tua sola. Pulsa teu sangue
Segue o sol em tuas costas
Seca teu suor. Samba sei que sabe
Fica e não encosta

Sonha a dança do Brasil
No país de quem gosta
Passa o passo. Saca o gosto
Tuas roupas de algodão

Seca está a voz. Voz da tua sede
Sacode. Pula. Solta
No brasil, tua vibração
Ascende. Queima. Corre
Combustão. Pavio some
Pavio gasta. Gasta tempo
Passa tempo e explode
Pára pra olhar
Sua verdadeira essência
Valor. Que me faz
Fora de mim, olho pra dentro
Desconhecido. Obscuro
No reflexo imaginário, o que se faz
Real
Que descubro. Tentativas
Aceita-se de uma vez!
Receba-se. Engulo-me com um olhar
Pego-me. Tato. Toque
Desconhecido. Obscuro
No imaginário do reflexo.

Barro

Gosto de barro. Água de barro
Lembra o filtro da bisavó
De barro
Do barro que para ele vou
Do barro que decompõe
Absorve. Guarda. Some
Do barro que talvez vim
Criador, primeira-matéria
Barro faz. Barro destrói
Lugar sujo. Caído
Árvores podres. Fétido
Cheiro de matéria decomposta
O orgânico voltando à terra
À sua terra. Terra-única
Tua natureza inóspita
Difícil me adaptar
Faça-me

De cor (um poema de coração)

Decorar na mais linda função
De cor, vem do coração
Te decoro do amor que tenho pra dar
Te dou de cor minha decoração

Decoro o que me habita
Decoro o que sinto
É de cor, é do interior

É de cor, é do exterior
É decorar pra depois esquecer
Decorar na inutilidade

Decoro também por obrigação
Decoro o que mandam
Decoro o que devo
Decorar na mais feia função